terça-feira, 14 de outubro de 2014

Resenha sobre o livro Divergente

Divergente
os 16 anos, Beatrice Prior precisa enfrentar a escolha mais importante da sua vida: decidir em qual facção passará o resto de seus dias. E isso só é necessário porque o mundo como conhecemos não existe mais, e a Chicago atual é dividida em cinco facções que são responsáveis por manter a ordem das coisas.
A Amizade é o grupo formado por aqueles que culpavam a agressividade pelos problemas do mundo; a Franqueza, com sua honestidade excessiva, rendeu líderes confiáveis para a Justiça; os que culpavam a ignorância formaram a Erudição; os que acreditavam na culpa do egoísmo formaram a Abnegação, com líderes justos e altruístas; e a Audácia, que desprezava a covardia, ficou responsável por proteger a todos.
Na Cerimônia da Escolha, cada jovem precisa decidir se vai continuar na facção na qual nasceu e foi criado ou se vai investir em uma nova jornada, deixando para trás a família e os amigos – afinal, facção antes do sangue.
Para ajudar nesse momento difícil, todos eles passam por um teste direcional. Mas, no caso de Beatrice, a resposta não poderia ser mais assustadora: ela simplesmente não se encaixa em uma facção. É uma Divergente e, como tal, corre grande perigo – afinal, ela não pensa como os demais.
Ainda assim, lutando com sentimentos conflitantes, ela opta por fazer parte da Audácia e tornar-se uma daquelas pessoas ousadas que sempre admirou de longe. Mas as coisas não são tão fáceis e, em sua nova facção, ela precisará passar por um processo de iniciação rígido e perigoso.
Com testes físicos, emocionais e mentais, a preparação para se tornar membro da Audácia pode ser mortal e apenas os melhores poderão ficar. Aos que fracassarem o destino é virar um sem-facção, uma espécie de escória, caso sobrevivam.
Com tanta pressão sobre si, ao mesmo tempo em que tenta entender os perigos de ser Divergente, Tris busca completar sua iniciação com sucesso. Com novos amigos, mas também cercada de novos inimigos, ela vai perceber que passar por isso não é só questão de honra, mas de sobrevivência.
Veronica Roth tem muito potencial, isso é inegável. Tris é uma protagonista interessante e verossímil – tanto que, às vezes, queremos sacudi-la para ver se acorda. Não é a pessoa mais empática do mundo, mas é fácil torcer para ela.
A família Prior, os líderes das facções, os outros adolescentes… Todos têm características críveis, de pessoas que conhecemos hoje, o que nos faz amá-los e odiá-los de acordo com suas ações. Mas, por incrível que pareça, o personagem mais complexo e bem construído da história é Quatro, um dos responsáveis por treinar os iniciandos e um cara que acaba despertando sentimentos (conflitantes, às vezes) em Tris.
Gostei da história e me senti envolvida, especialmente a partir do momento que a protagonista descobre que há algo maior por trás dos recentes desentendimentos entre as facções. Essa é a parte mais interessante do livro – e a mais comum na literatura distópica.
Justamente por isso fiquei chateada por toda a comoção e ação de verdade só acontecer nas últimas 100 páginas. Coisas complexas foram resolvidas com certa facilidade e explicações acabaram sendo dadas superficialmente, mas acredito que isso seja reflexo da série ser uma trilogia e não livro único.
Apesar de ter gostado (mesmo com as ressalvas acima), não acho que Divergentetem o mesmo poder de Jogos Vorazes. Enquanto a história de Katniss Everdeené bastante focada na parte política, mas sem deixar de lado os dramas pessoais da protagonista, Divergente é principalmente sobre Tris.
Com os acontecimentos do final do primeiro livro tenho certeza que a tendência da história é ganhar mais densidade. Mesmo achando que está um nível abaixo da qualidade da história de Suzanne Collins 

(Via Livros)

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